A gente acha

Às vezes a gente acha que achou alguém...

Talvez seja o sorriso!

É um jeito especial de olhar!

Um abraço diferente... envolvente, que prende enquanto liberta para o novo.

E a gente se deixa levar...

E parece que é isso mesmo!

E a gente se aproxima cada vez mais, e começa a apostar... achei.

Mas, de repente, descobre que o que parecia livre está preso.

Alguém, no passado, ficou, embora parecesse ter ido.

É que a gente sem perceber se deixa pertencer e pensa que qualquer despedida quebra o pertencimento.

Até que o ausente reaparece para buscar o que sempre será seu... e pega.

E parece que pegará sempre que quiser.

E quem se pensava livre estava aprisionado, e, agora, luta por se libertar.

Mas é preciso força, muita força, porque a gente não se deixa pertencer impunemente.

E a gente que pensava ter achado alguém, descobre que não havia ninguém livre para ser achado.

É que não foi uma despedida foi só um abandono.

E só pode ser abandonado o que se deixou pertencer.

E a gente fica sem saber o que fazer, porque a gente queria se deixar pertencer, mas não tem a quem se doar.

Fonte: (http://ariovaldoramos.zip.net/)
Escrito por Ariovaldo Ramos em 07/01/2008