Crucificado com Cristo




“Não sobreveio tentação a vocês que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que possam suportar.”
Porém a nossa natureza humana, aliada ou não ao diabo, pode nos desviar, nos levar à margem do Caminho, desviar nossos olhos do alvo, quando decidimos obedecer aos nossos próprios desejos. Isto é, o diabo só pode nos desviar, nos tirar do Caminho, ou desviar nossos olhos do alvo, quando encontra em nós um aliado: a carne, o mau desejo, a cobiça; portanto: “Cada um é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte.”
Como novas criaturas, que andam em novidade de vida, o diabo pode até tentar nos “tentar”, mas não nos sentiremos tentados, pois como um morto pode ser tentado? Se o diabo se alia a nossa carne (velho homem) para nos corromper, nos desviar, nos matar, roubar e destruir, como poderá realizar tal aliança com um crucificado, morto e sepultado? “Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado.”
Como matar um morto; como roubar coisa nenhuma, a inexistência; como destruir o que já foi anulado, desfeito? Um cadáver não pode tentar um vivo, não pode fazer com que o vivo tropece ou peque. “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles. Para eles o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram; nunca mais terão parte em nada do que acontece debaixo do sol.”
“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.”
Como filhos de Deus e nascidos dEle, não servimos mais à vontade da carne, mas à vontade de Deus, que está em nós. “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
Marcelo

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